A Polícia Federal (PF) em Santana do Livramento deflagrou, nesta quinta-feira, a operação Rafaello para cumprir dois mandados de prisão preventiva, 11 para depoimentos e 13 de busca e apreensão em Agudo e em Rosário do Sul. Os nomes dos presos não foram divulgados pela PF.
De acordo com as investigações, dois despachantes, usando CNPJ de empresas que seriam fantasmas, teriam viabilizado a concessão de 29 benefícios previdenciários e 120 seguros-desemprego de forma fraudulenta. O prejuízo ao INSS seria de cerca de R$ 1 milhão.
Segundo a Polícia Federal, os despachantes criavam vínculos falsos no sistema da Previdência Social, e pessoas que não haviam trabalhado conseguiam receber os benefícios.
Segundo o delegado da PF Fernando Caldas Bivar Neto, todos os crimes teriam sido cometidos em Rosário do Sul. O mandado cumprido na outra cidade foi porque a pessoa envolvida era de Rosário do Sul e havia se mudado para Agudo.
Durante as investigações, a Polícia Federal descobriu provas de que pelo menos outros 235 novos vínculos fantasmas estavam para ser criados junto a 85 novos CNPJs de empresas fantasmas. Caso esses nomes entrassem para o sistema de Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), os desvios poderiam ultrapassar os R$ 7 milhões.
Segundo a PF, as pessoas que receberam valores indevidos serão indiciadas por estelionato, com penas que podem variar de um a cinco anos de prisão, aumentada em um terço por conta de o crime ser praticado contra entidade pública.
_ Algumas pessoas que estavam na lista como recebendo os benefícios, nunca chegaram a ter acesso ao dinheiro _ diz o delegado.
Os despachantes responderão pelos crimes de falsificação de documento público e estelionato. Os dois despachantes, que foram indiciados nesta quinta-feira, foram presos preventivamente e encaminhados ao Presídio Estadual de Rosário do Sul.
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